Flávia Cruz (*)
A universidade deveria ser uma das instituições mais à frente no processo de inclusão social dos grupos que sofrem discriminação no país. Mas não é o que acontece. Ela tem contribuído de forma acanhada para a melhoria da vida desses grupos. A ideia de que a universidade está na vanguarda do conhecimento é relativa. Em essência, ela é muito conservadora quanto a seus rituais e procedimentos.
Esta é a opinião do professor Lino Trevisan, do Departamento de Estudos Sociais (DAESO) da UTFPR, na última terça-feira, durante a X Semana de Políticas Públicas, promovida no Campus Curitiba de 20 a 22 de junho. O evento, que contou com participantes de outras universidades e órgãos públicos, debateu estratégias que precisam ser desenvolvidas na UTFPR para a inclusão das minorias.
Um dos pontos unânimes entre os participantes foi a deficiência da própria infraestrutura da instituição para atender melhor a comunidade. Outra questão foi a ausência de projetos que contribuam para o desenvolvimento econômico e social das populações vulneráveis.
Debates e visita
Diversas mesas-redondas foram realizadas. Na segunda-feira (20), Eliane Beê Boldrini falou sobre educação ambiental como inclusão. Em seguida, ocorreu o lançamento do livro “Clima: Boas práticas de Adaptação”, de sua autoria em parceria com Leocimara Sutil O. P. Paes e Felipe Pinheiro.
Na terça-feira, pró-reitores da UTFPR discutiram a inclusão social e étnica no ensino superior. Esse tema está diretamente associado aos temas transversais do projeto político-pedagógico das instituições de ensino superior e às diretrizes curriculares do MEC.
O último dia do evento contou com a visita técnica ao Sesc Paço da Liberdade. Os estudantes foram recebidos pela gerente executiva da unidade, Celise Niero, que apresentou os programas da instituição para a área de educação e cultura, com destaque para o Projeto de Educação Patrimonial. Em seguida, foi feita a apresentação de aspectos históricos e arquitetônicos do Sesc Paço da Liberdade.